terça-feira, 31 de maio de 2011

Flávia Gomes visita secretário de Turismo em São Paulo

Cavasini, Flávia Gomes, secretário Márcio França e Dr. Ubiali

A vice-prefeita Flávia Gomes esteve em São Paulo em abril, quando visitou a Secretaria de Turismo, sendo recebida pelo secretário Márcio França, também presidente do PSB no Estado de São Paulo. Estiveram na Secretaria o deputado federal Dr. Ubiali e o advogado Tiago Cavasini, presidente do PSB em Orlândia.

“Foi um encontro muito bom, pois conversamos sobre as potencialidades turísticas de Orlândia, que acabam sendo deixadas de lado”, diz Flávia. Segundo ela, a cidade poderia utilizar os programas de incentivo e apoio do Governo para revitalizar o turismo.

“O turismo é uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo todo, e também uma das mais rentáveis”, afirma a vice-prefeita. Foram discutidas ações para o turismo, inclusive para o Parque Cyro Armando Catta Preta, a Gruta.

Ainda hoje é um dos mais belos parques ecológicos da região, um dos maiores e mais antigos, mas praticamente abandonado. Segundo Flávia Gomes, o turismo deveria ser incentivado na cidade, criando novas oportunidades de emprego e geração de renda. 

Cônsul dos EUA faz palestra na Faap

Cônsul dos EUA Thomas Kelly e Flávia Gomes, na FAAP em Ribeirão Preto

O cônsul geral dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Kelly, encontrou-se com a vice-prefeita Flávia Gomes. Ele proferiu palestra no evento As Relações entre Brasil e Estados Unidos, realizado na Faap, em Ribeirão Preto.

Kelly afirmou, na palestra, que durante muito tempo o Brasil foi tratado pela diplomacia norte-americana como um país emergente, o que não mais corresponde à realidade do País. “Consequentemente, as relações bilaterais vão se intensificar cada vez mais, o que vai gerar, naturalmente, tensões, fazendo do diálogo entre os dois governos a expressão fundamental desta parceria”, disse.

O cônsul norte-americano enumerou cinco pontos cruciais para o futuro das relações entre os dois países: parceria baseada em fatos, não em ideologia; parcerias para resultados; relação baseada em interesses e valores comuns; necessidade de lidar com as diferenças.

Por último, aponta que ambos os países possuem valores para o hemisfério e mundo, como comércio, segurança, bem-estar e dignidade, sendo que essa parceria pode ser estendida ao continente africano, onde muitas oportunidades podem ser aproveitas pelos dois lados.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Esta Administração inerte nada faz"



"Amigos, estive com o governador Geraldo Alckmin em Franca e Itirapuã, onde entregou casas populares. Infelizmente, o governo inerte que temos em Orlândia nos impede de ter acesso aos mais básicos programas voltados para os municípios. Esta Administração inerte nada faz, enquanto os problemas só crescem ano após ano. Como estaremos ano que vem? Muita coisa precisa mudar. Abraços a todos, fiquem com Deus!"

(Texto publicado por Flávia Gomes, vice-prefeita de Orlândia, em sua página http://www.facebook.com/flaviamendesgomes)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Governador Geraldo Alckmin entrega casas e estrada em Franca e Itirapuã

Flávia Gomes com o governador Geraldo Alckmin

O governador Geraldo Alckmin esteve em Franca e Itirapuã na quinta-feira, 26, para entrega de casas populares e outras obras em ambas as cidades. A vice-prefeita Flávia Gomes compareceu aos eventos, e esteve com Alckmin.

Uma das preocupações de Flávia é a vicinal Orlândia-Sales Oliveira, onde novamente ocorreu grave acidente com vítima fatal. “Deveremos marcar uma reunião para explicar os problemas que enfrentamos há anos com essa estrada”, afirma. O deputado federal Marco Feliciano é um aliado de Flávia na solução do problema.

Em Franca, Alckimin entregou um conjunto de 72 casas, construídas em pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) em conjunto com a Prohab (Habitação Popular de Franca), empresa municipal responsável pela gestão da política habitacional.

Em Itirapuã, foram entregues o Conjunto Habitacional Bela Vista, com 102 casas populares, e a Estrada do Leite. A rodovia liga Itirapuã a Patrocínio Paulista e dali, a Batatais e Altinópolis, numa nova alternativa de interligação com a Anhanguera e São Paulo.  

O governador Alckmin entregou as obras de asfaltamento de toda a extensão da Estrada do Leite, em que foram investidos R$ 22 milhões.


Flávia Gomes considera lamentável a inércia da Administração Pública de Orlândia, que não consegue investimentos governamentais ou obras.


"Enquanto assistimos a diversas cidades do Estado recebendo casas populares e melhorias em estradas, precisamos conviver com problemas sérios, que poderiam ter solução mais fácil e rápida com ajuda do Governo", afirma.

Deputado federal Dr. Ubiali com Flávia Gomes

Flávia com os deputados Roberto Engler e Duarte Nogueira

O prefeito de Franca, Sidney Franco da Rocha, com Flávia Gomes

Flávia com a vereadora Rosa Minicucci e o prefeito de Ipuã, Itamar Romualdo, também presidente do Comam (Consórcio de Municípios da Alta Mogiana)

O presidente do Faesp/Senar, Fábio Meirelles, e Flávia Gomes

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Por uma Orlândia mais próspera e feliz



A vice-prefeita Flávia Gomes acredita seja necessário estar atento não somente à geração de empregos, como também com a assistência social. Acima, depoimento concedido ao site Orlândia Online e, abaixo, a íntegra da entrevista.

O Brasil vive uma situação, de certo modo, privilegiada. Os analistas mostram que estamos sob um regime de pleno emprego – isto é, empregos para todos. No ano passado, foram criados 2 milhões e oitocentos mil empregos formais no país, totalizando 44 milhões de postos de trabalho – o maior índice da história.

Os brasileiros também estão ganhando mais – e grande parcela dos que antes viam de longe os produtos que queriam comprar, hoje fazem parte de uma sociedade de consumo.

Mas, o que isso tem a ver com Orlândia? Tudo – e nada.
Orlândia coleciona desempregados. Todos os dias vemos dezenas de pessoas buscando um posto de trabalho, mas nada encontram.

E não são apenas jovens querem sua primeira oportunidade de emprego. Não. São pais e mães de família, homens e mulheres que, depois de tanto tempo dedicado a uma profissão, hoje se vêem à margem do trabalho.

Hoje, é preciso um trabalho cada vez maior de assistência social. O Poder Público, e nós, pessoas que pensamos no outro, não podemos deixar de ajudar, de oferecer o que temos para uma família carente.

Ninguém consegue ficar imune à imagem de uma criança que chora de fome. De uma mãe que chora ao não poder dar o alimento necessário ao filho. Um cristão não pode ficar insensível ao um pai que volta para casa sem o dinheiro para sustentar a família.

É um crime, uma desumanidade quando cestas básicas deixam de ser enviadas às famílias carentes. É um absurdo quando uma Administração Pública, eleita para cuidar dos cidadãos de uma cidade, permite que mesmo uma única família, passe fome.

Eu sou mãe. E nem sequer posso imaginar a dor que uma mãe sente quando não consegue alimentar um filho. E a revolta que sente quando fica de fora de um programa que lhe dava tão-somente uma cesta básica de alimentos.

Estamos chegando à época do frio – por mais calor que faça na nossa cidade, famílias inteiras sofrem com falta de cobertores, roupas quentes. Vamos olhar para o outro como olhamos para nós mesmos, e fazer o mesmo que faríamos por nossos filhos.

Por favor, vamos nos juntar para mudar essa realidade. Ajudar uns aos outros, ajudar as crianças, as famílias carentes.

E, tão importante quanto ajudar, vamos trabalhar para que essas e outras famílias jamais tenham de enfrentar, novamente, a fome, o frio.

Vamos cuidar para que Orlândia tenha mais investimentos nas áreas de saúde, educação e desenvolvimento econômico e social.

Ajude-nos a transformar Orlândia numa cidade próspera não somente para alguns, mas para todos. Nossa cidade é rica, mas precisamos fazer com que mais pessoas também tenham acesso a esses recursos.

Juntos, vamos fazer de Orlândia uma cidade verdadeiramente próspera e de gente realmente feliz.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Flávia Gomes: "Vender o DAE é entregar um cheque em branco para a Administração"



A audiência para debater o projeto de lei do executivo que propõe a privatização do Departamento de Água e Esgoto de Orlândia (DAE) foi realizada ontem, 18, no Teatro Municipal. Com participação de autoridades, representantes da sociedade e população, a maioria se mostrou contrária à venda da água.

A vice-prefeita Flávia Gomes não apenas se posicionou contrariamente à venda do DAE para pagamento de dívidas, como também apresentou outro caminho para soluções de longo prazo para a água e o esgoto. Ela defende a alternativa de buscar recursos no Governo Federal para os investimentos necessários.

Abaixo, extrato de seu depoimento na audiência e, acima, vídeo cedido pelo OrlândiaOnLine.

“Esta audiência pública é importante para debatermos algo essencial para o município: o abastecimento de água e o tratamento de esgoto para as próximas gerações.

“A proposta apresentada pela Administração Municipal tem vários pontos que a tornam absolutamente inaceitáveis. Ao querer vender o Departamento de Água e Esgoto, a Prefeitura mostra incapacidade de gerenciar minimamente um problema que deve ser pensado com olhos voltados para o futuro – algo que a miopia administrativa não consegue.

“Por que vender o Departamento de Água? Até agora, a Administração não apresentou nenhum nenhum motivo convincente. É para pagar dívidas? Informações dão conta de que a Prefeitura está mergulhada em dívidas, e nem sabemos devido a que. Que obras foram feitas? Onde foi gasto esse dinheiro?

“Com este Projeto de Lei 005/2011, a Administração entrega à iniciativa privada todo o departamento de água e esgoto, bem como seu gerenciamento. 

"E, mais importante, população será obrigada a pagar por serviços que não sabemos como serão, nem com que critério serão definidos, e tampouco com que qualidade. Isso tudo pelos próximos vinte anos. E estes são apenas alguns dos problemas.

“Veja bem: aspectos básicos não são abordados. Que será feito das 65 famílias ligadas aos funcionários do Departamento? Serão absorvidos pela empresa vencedora? Ou engrossarão as fileiras de desempregados que enchem Orlândia? É um despropósito e uma falta de humanidade não querer dar atenção a algo grave como o desemprego.

“Aliás, quanto vale um sistema que abastece 100% de água encanada todos os 40 mil habitantes de Orlândia? Quanto vale um sistema de coleta de esgoto para uma cidade do tamanho de Orlândia?

“Quanto as empresas que concorrerão pelo atendimento do setor vão pagar pela concessão? Qual o plano de investimento a empresa deverá seguir?
Por que informações de tal importância, como essas, são sonegadas pela Prefeitura?

“Como será gasto o dinheiro obtido pela venda do Departamento de Água e Esgoto? Será na área social? Na educação? Na saúde? Em obras? Para tapar buracos nas ruas da cidade? Há tantos problemas em tantas áreas, além de dívidas...

“Outro ponto: por que não optar por buscar recursos para fazer os investimentos? O governo federal está destinando R$ 5 bilhões, isto mesmo, R$ 5 bilhões somente para o Programa Nacional de Saneamento Básico. Este é um dos maiores projetos propostos pela presidenta Dilma Roussef, que almeja ter esgoto tratado em todo o país no prazo de vinte anos.

“Sim, o Governo Federal tem recursos, tem disponibilidade e vontade política para fazer. Sendo assim, por que razão vender o Departamento de Água e Esgoto?

“A água é tida como um dos bens mais preciosos do mundo. E nossa Orlândia, com 100% de atendimento em água e esgoto, deve cuidar desse patrimônio.
  
“Não podemos transformar o Departamento de Água e Esgoto num cheque em branco entregue a uma Administração sem compromisso nenhum com os interesses da população.

“Agora está nas mãos dos vereadores, eleitos para defender a população e seu direitos. Obrigada.”

terça-feira, 17 de maio de 2011

Flávia Gomes: "Não podemos vender a água"


Contrária à venda do Departamento de Água e Esgoto para saldar dívidas da Prefeitura, conforme proposta do Executivo, a vice-prefeita Flávia Gomes foi ouvida pelo site Orlândia Online. Ela aponta outras soluções, como a busca de recursos do Governo Federal, já disponíveis, e questiona qual será o destino dos funcionários do Departamento. Abaixo, íntegra de seu depoimento ao site.

“O Departamento de Água e Esgoto não pode ser vendido para cobrir dívidas da Prefeitura advindas de incapacidade administrativa.

“O Ministério das cidades tem R$ 5 bilhões disponíveis para um grande programa de saneamento básico que atingirá todo o Brasil. Na semana passada, a ministra Miriam Belchior divulgou que as Prefeituras interessadas nem sequer terão de entrar com contrapartida – isto é, investimento próprio. Na verdade, o governo federal fará todo o investimento.

“Num cenário como este, por que optar pela venda de ativos da Prefeitura, um bem público construído pelas mãos dos orlandinos? Atualmente, Orlândia é uma das campeãs brasileiras em saneamento básico, aponta uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

“Mas não basta ficarmos discutindo isso em casa. A nossa água e o nosso esgoto correm o risco de parar nas mãos de uma empresa privada, da qual nós, cidadãos, não temos nenhum controle.

“Quero convidar a todos os orlandinos para participarem da audiência pública sobre a privatização do departamento de água. Ela será realizada quarta-feira, às 19h, no Teatro Municipal.”

Flávia Gomes concede entrevista à ORC


Entrevista Flávia na ORC dia 16 de maio de 2011 from Orlândia Viva on Vimeo.
A ORC entrevistou, ao vivo, a vice-prefeita Flávia Mendes Gomes, na segunda-feira, 16. O jornalista Chéster Martins conversou sobre os problemas econômicos da cidade e também sobre a proposta de privatização do sistema de água e esgoto de Orlândia, proposta pela Prefeitura. 

"Não precisamos vender nada para cobrir despesas da Prefeitura", disse Flávia Gomes. O Governo Federal anunciou investimentos de R$ 5 bilhões no setor de saneamento básico em todo o país. Para ela, não há necessidade de vender o DAE quando há possibilidade de obter recursos para investimento.

Outro assunto abordado foram os problemas econômicos enfrentados por Orlândia. O jornalista utilizou as informações divulgadas pelo blog Orlândia Viva para basear a entrevista. 

O deputado federal Marco Feliciano também esteve na ORC, e novamente se colocou à disposição para solicitar recursos para Orlândia. 

Acima, ouça a íntegra da entrevista.
Flávia Gomes concede entrevista a Chéster Martins, na ORC

Flávia Gomes com Chéster e Marco Feliciado: contra venda da água

domingo, 15 de maio de 2011

Orlândia tem média salarial inferior a Morro Agudo e São Joaquim da Barra

Setor sucroalcooleiro é um dos maiores empregadores da região


É possível uma cidade ser rica e sua população pobre? Sim, é. O Brasil, há anos entre as oito maiores economias do mundo, luta para livrar-se da pecha de país pobre, apesar de um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 3,67 trilhões. 

Depois de um longo período de ajuste e aplicação de políticas desenvolvimentistas e de distribuição de recursos, todo o país comemora a ascensão de milhões de brasileiros ao mercado de consumo.

Orlândia é um exemplo claro de concentração de renda, que tem se acentuado nos últimos anos. Apesar de possuir uma renda per capita de R$ 19.681,29, o salário médio dos orlandinos vem caindo desde 2005, em comparação com São Joaquim da Barra. 

Apesar de possuírem perfis econômicos distintos (industrial e de serviços, respectivamente), a comparação é válida para mostrar como a cidade vem perdendo posições de competitividade na atração de investimentos e poder de compra.

O Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) informa que, em 2004, o salário médio dos empregados formais em Orlândia era de R$ 1.005,89, enquanto em São Joaquim da Barra a média era de R$ 918,01. No ano seguinte, 2004, os orlandinos ganhavam, em média, R$ 1.073,87 contra R$ 1.136,87 dos joaquinenses. Em 2009, a média salarial dos empregados em Orlândia era de R$ 1.344,32, enquanto em São Joaquim era de R$ 1.549,79.

Se comparado com Morro Agudo, o poder de compra dos orlandinos é ainda menor: entre 1999 e 2009, período disponível para consulta, o salário médio chegou a ser 30% inferior – R$ 890,66 em Morro Agudo a R$ 677,23 em Orlândia. 

A maior diferença foi em 2008, quando a média em Morro Agudo era de R$ 2.497,88 e, em Orlândia, R$ 1.299,73. Em 2009, o salário médio dos empregados formais era de R$ 1.519,63 em Morro Agudo e R$ 1.344,32 em Orlândia.

Apoio ao empreendedor

“Não podemos esconder o Sol com a peneira”, exorta a vice-prefeita Flávia Gomes. Preocupada com os rumos econômicos de Orlândia, ela acredita que o Poder Público poderia desenvolver ações para tentar promover maiores investimentos na cidade, inclusive com apoio aos pequenos e microempreendedores.

Engana-se quem acredita que uma Prefeitura não pode fazer nada para melhorar os investimentos e a empregabilidade em uma cidade, explica. “Há diversos mecanismos legais e políticos que foram deixados de lado, pura e simplesmente, enquanto as famílias de Orlândia assistem a seus filhos deixarem a cidade em busca de emprego”, afirma.

“Precisamos planejar”, diz Flávia Gomes

Flávia Gomes: cidade rica com população pobre?

A vice-prefeita Flávia Gomes acredita que projetos o município pode se beneficiar de projetos econômicos para gerar empregos e reduzir os gastos da Prefeitura. A Emdef, de Franca, seria um exemplo. “Mas é preciso estudar com calma e adaptar modelos de negócio à nossa realidade”, adianta.

“É preciso planejar a cidade para os próximos anos, pensar Orlândia para daqui a trinta anos, e não simplesmente até a próxima eleição”, afirma. Na sua opinião, os últimos anos mostram que a cidade vem perdendo não apenas sua capacidade de investimento, mas também de gerenciamento.

“Sem planejamento de médio e longo prazos não estaremos nunca à altura da maior economia da região”, diz a vice-prefeita. Orlândia possui um PIB (Produto Interno Bruto) superior a R$ 720 milhões. “Entretanto, temos uma população completamente alheia aos benefícios sociais que uma economia como a nossa pode proporcionar”, diz.

O desemprego é um dos grandes problemas a ser enfrentados em Orlândia. “É a falta de trabalho, renda e perspectivas de melhora nas condições de vida que faz aumentar a procura por ajuda financeira de todo tipo. E políticos mal intencionados, que se valem da perpetuação da pobreza, não querem que Orlândia cresça e se desenvolva”, afirma.

“Se não tomarmos cuidado e pensarmos no futuro, Orlândia será uma cidade rica com população pobre”, alerta Flávia Gomes.


Desenvolvimento

O Fórum de Desenvolvimento Econômico, a ser promovido na cidade, poderá oferecer novas possibilidades de projetos e propostas para crescimento e geração de emprego e renda. Promovido pela Frente Parlamentar Mista de Defesa do Desenvolvimento Econômico e Valorização do Trabalho e a sociedade civil, suas bases foram lançadas em reunião realizada no dia 5 de maio (leia texto aqui).

No dia 16 de junho, outra reunião está marcada para debater o assunto e acertar os detalhes para o Fórum. “Precisamos debater e planejar para colocar em prática propostas realmente importantes”, afirma. 

“Quando não há planejamento, o Poder Público se volta para vender ativos do povo, o que é inadmissível. Por que não administrar corretamente, que é o mínimo exigido pela população?”, questiona. 

Ela lembra que o principal motivo de a Prefeitura solicitar a concessão dos serviços de água e esgoto da cidade para uma empresa privada é a falta de recursos para pagamento de dívidas. "Essa, pelo menos, é a argumentação do prefeito, segundo informam os vereadores", diz.

Empresa municipal gera empregos e reduz gasto em Franca

Asfaltamento em rua de Franca feito pela Emdef: custo menor

Gerar empregos e possibilidade de melhorar a renda do trabalhador deveria ser uma das preocupações de toda administração municipal. Entretanto, isso nem sempre acontece. Um exemplo de emprego de recursos municipais na criação de postos de trabalho é a Emdef - Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca.

Criada há mais de duas décadas, nos últimos anos a empresa municipal vem se destacando como executora de serviços de qualidade e baixo custo para a Prefeitura, além de gerar empregos. São 105 funcionários e um faturamento que chega a R$ 1,1 milhão mensais nos meses em que há possibilidade de fazer mais serviços.

A vice-prefeita de Orlândia, Flávia Gomes, visitou a Emdef para conhecer alguns dos serviços prestados. “É um modelo de negócio importante para o município, pois atende a um serviço constante na cidade com custo bem mais baixo do que o de mercado”, explica. A redução nos custos chega a 22% em alguns casos.

Nos meses de estiagem, a empresa não para. A capacidade é de produzir 2.500 m² de asfalto mensalmente. Geralmente, um dos maiores entraves no serviço público é a folha de pagamento. Mas a Emdef não é um “cabide de empregos”. 

“A nossa folha de pagamento é de 40% a 45% do faturamento, mais do que adequado no nosso caso”, afirma o diretor-presidente da empresa, João Marcos Rodrigues da Silva.

Custos reduzidos

Asfaltamento, recapeamento de ruas, construção de guias e calçadas, galerias de água e esgoto – o portfólio de serviços é grande para a Prefeitura de Franca, única “cliente” da empresa. “O maior objetivo é reduzir custos para o município com serviços que, invariavelmente, custam muito caro para o contribuinte”, explica o diretor.

O modelo de negócios da Emdef pode ser replicado em outros municípios, mesmo com população menor do que Franca – atualmente, vivem na cidade cerca de 321 mil pessoas. 

“Sem dúvida há uma grande economia para o município quando um dos serviços mais dispendiosos e importantes para a cidade fica por conta da Administração Pública, cujo lucro almejado é o bem-estar do cidadão”, atesta João Marcos.

Outra importante melhoria implantada por Franca, visitada pela vice-prefeita Flávia Gomes foi o Aterro Sanitário. São mais de 500.000 m² - equivalentes a 50 campos de futebol. 

Projetado para atender à demanda da cidade por 25 anos, o Aterro tem capacidade de receber 3,7 milhões de metros cúbicos de lixo, tornando-o um dos mais bem planejados e estruturados do Estado de São Paulo.

Desemprego é preocupação de orlandino

O desemprego e a economia são as duas maiores preocupações dos orlandinos. Pelo menos é o que mostra enquete promovida pelo blog Orlândia Viva, que perguntou: O que a Administração deve priorizar em Orlândia? Sessenta e dois por cento votaram na opção Mais Empregos, seguida por Desenvolvimento Econômico, que obteve 57%.

O resultado parcial mostra a votação até a noite de domingo, 15. A enquete se encerra, automaticamente, no dia 10 de junho - então, ainda há tempo para votar. Os internautas podem votar em mais de uma opção.

A necessidade de mais atenção para os trabalhadores apontada pela enquete, porém, não significa que as áreas sociais estejam melhores. A saúde, por exemplo, vem em terceiro lugar, com 53% dos votos, seguida de perto pela educação, com 50%.

Não é errado apontar que uma nova conscientização toma conta dos eleitores – com um possível multiplicador. A ascensão de multidões de pessoas à sociedade de consumo plena é esperada por todos, mas alcançá-la depende de diversos fatores. Entre eles, a geração de postos de trabalho, principalmente em pequenas e microempresas, as que empregam mais de 90% dos brasileiros.

Tanto é que 46% dos votantes na enquete apontam que o apoio ao pequeno e microempreendedor deve ser, também, uma prioridade da Administração Municipal. Para se ter uma ideia, é o mesmo índice dos que consideram importante a melhoria de ruas e avenidas.

O fato de Orlândia não tem representatividade nos governos Federal e Estadual (a cidade recebe verbas quase estritamente obrigatórias para todos os municípios) também é um problema para grande parte da população – 35% exigem que se busque mais investimentos estatais.


O esporte, por sua vez, é apontado por 31% dos orlandinos como prioridade, e melhorias no transporte público, por 24%.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Orlândia: Sociedade discute propostas para atrair investimentos, promover crescimento econômico e gerar empregos

"Precisamos reaver o que perdemos e também buscar novas conquistas”, convoca a vice-prefeita Flávia Gomes

A reunião de empresários, trabalhadores e educadores, promovida pela Frente Parlamentar Mista de Defesa do Desenvolvimento Econômico e Valorização do Trabalho na quinta-feira, 5 de maio, revelou números impressionantes sobre a economia de Orlândia, e uma necessidade premente de tirar Orlândia da estagnação econômica.

Houve crescimento de mais de 2,5 mil desempregados vindo do setor sucroalcooleiro, notadamente do corte de cana-de-açúcar, também incluídas Nuporanga e Sales Oliveira. Outra resolução dos participantes é a criação de um Fórum de Desenvolvimento Econômico e Social, a ser realizado na cidade, com objetivo de debater propostas e projetos para crescimento e atração de investimentos.

A vice-prefeita Flávia Mendes Gomes, coordenadora regional da Frente e mentora da reunião, comemorou a participação da sociedade na reunião, e o engajamento de todos na criação do Fórum. “É importante que Orlândia analise suas potencialidades, bem como os problemas a serem transpostos”, avalia.

Para Flávia Gomes, Orlândia precisa descobrir sua vocação econômica. “Isso é imprescindível para compreendermos e enfrentarmos esta nova realidade. O Fórum de Desenvolvimento Econômico é instrumento adequado para debate e futura implantação de políticas eficazes de atração de investimento”, afirma.

A próxima reunião foi marcada para o dia 16 de junho, às 15h, na Câmara Municipal de Orlândia. Alguns grupos foram criados para levantar informações e já analisar a viabilidade legal de projetos. 

“A população de Orlândia e também da região  mostra-se preocupada com os caminhos que vemos trilhando nos últimos anos. Nossa riqueza já foi maior, e precisamos reaver o que perdemos e também buscar novas conquistas”, convoca a vice-prefeita Flávia Gomes. A reunião é aberta a todo público.
Flávia Gomes na reunião: participação da sociedade
PIB e renda per capita

O diretor da Faculdade de Orlândia (FAO), Luiz Eduardo Lacerda dos Santos, é outro que defende a formação do Fórum, inclusive com abrangência regional. 

Ele citou o Plano Nacional de Saneamento, do Governo Federal, projeto que definirá a política para o setor de saneamento por vinte anos, com impacto na qualidade de serviços como abastecimento de água, coleta de esgoto, manejo de águas pluviais e gestão de resíduos sólidos. “É um exemplo de projeto que pode ter trabalho conjunto”, explicou Lacerda.

Orlândia atingiu um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 736,1 milhões em 2008, segundo dados do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). Isso equivale a uma renda per capita de R$ 19.681,29, contra R$ 24.457 na média do Estado de São Paulo. O rendimento médio dos empregados com carteira assinada foi de R$ 1.344,32, também abaixo da média estadual, R$ 1.762,71, segundo informações fechadas em 2009.

Uma das finalidades da Frente Parlamentar é acompanhar as ações legislativas que visem proteger e fortalecer a indústria, a geração de renda, bem como estimular o desenvolvimento econômico. “Orlândia tem de aproveitar as oportunidades que se apresentam, não apenas de debater essas questões, como de propor mudanças que gerem empregos para a população”, disse Flávia.

Desemprego x qualificação

Não há informações oficiais sobre desemprego. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Orlândia, Tadeu Urbinatti, revelou que, nos últimos dois anos, 2.500 pessoas ficaram desempregadas. “O salário médio desses trabalhadores era de R$ 1.200. Então, vejam o que representa para a cidade”, afirmou.

Segundo ele, a falta de projetos de qualificação profissional para o trabalhador rural pode piorar a situação. “Onde essas pessoas vão trabalhar? As grandes empresas, usinas que hoje atuam na região, demitiram muita gente e agora não ajudam a criar opções para esses desempregados”, disse o sindicalista.

Governo Federal

O diretor do Sindicato dos Professores e Funcionários da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), Claudiney Basso Pinheiro, explicou que o Governo Federal possui diversos programas de qualificação profissional. “Há possibilidade, inclusive de pleitear uma extensão de escola técnica federal”, afirmou. Ele também é assessor do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Porém, explicou que pouca coisa é possível sem participação da Prefeitura. “Comprometo-me a encaminhar os projetos debatidos no Fórum, mas é importante salientar que, sem uma Administração municipal empenhada em resolver essas questões e fazer os projetos corretamente, pouco pode ser feito”, disse Pinheiro.

O advogado Tiago Cavasini disse que um dos problemas a ser enfrentados é a “inércia” da Prefeitura. “A Prefeitura não abre espaço para projetos que demandem novas oportunidades de emprego nem para obtenção de verbas”, afirmou. Na sua opinião, deveria haver uma cobrança maior pelos participantes em relação aos projetos pleiteados.

“Uma cidade não cresce se não produzir”, pontuou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Orlândia, Edicleson Oliveira. Segundo ele, os empresários não tem apoio para ampliação de seus negócios. “O Sebrae é importante, e poderia retornar com programas de atendimento, já que as pequenas e microempresas são as que mais empregam.”

Educação também é tema de reunião da Frente

Vice-prefeita Flávia Gomes com educadores na reunião da Frente Parlamentar

Com participação de diversos educadores, a questão da qualificação profissional e da educação foram temas recorrentes na reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento Econômico. 

“Estamos perdendo a juventude”, alertou o professor Vito Corrado Vella, da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Ele afirma que o desemprego atinge também professores, que não conseguem trabalho devido ao sistema municipalizado de ensino.

Outra proposta foi a de parceria entre empresas e escolas, notadamente a ETEC Alcídio de Souza Prazo, que possui cursos técnicos. Em São Joaquim da Barra, parceria entre a escola Pedro Badran, também ligada ao Centro Paula Souza, o curso técnico de Açúcar e Álcool só foi viabilizado em parceria com a Usina Alta Mogiana, que bancou os equipamentos e é interessada nos profissionais formados.

O professor Sérgio Roberto Ferreira, da ETEC Alcídio, disse que parcerias como aquela são possíveis também em Orlândia. Atualmente, a escola tem parceria com a Prefeitura de Morro Agudo, que promove curso de formação específica e de curta duração. Ele afirmou que a escola vai analisar a possibilidade de novos cursos, com base na necessidade e nas aspirações da cidade.

Participação da sociedade

Participaram da reunião o presidente da Câmara de Vereadores, José Inácio, o vereador Sebastião Atílio (Nego da Maruca), o vereador de Sales Oliveira e presidente do Sindicato Rural, João Theodoro Lima Bonadio, o presidente da ACIO, Ediclelson Oliveira, o diretor da FAO, Luiz Eduardo Lacerda dos Santos, o presidente do Codem (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Orlândia), Veidson Carvalho Brandão, a fiscal tributária da Prefeitura Marisa Caldana (também membro do Codem), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Orlândia, Tadeu Urbinati, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Orlândia, Sebastião Valter Rodrigues, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morro Agudo, Pedro Murgi.

Também estiveram Cleide de Fátima Guerra Rodrigues (Afuse), Fernando Rodrigues (Sebrae), Cristina da Silva Guilherme (Associação dos Sem-Casa), Valéria Aparecida Passaglia Monteiro (Afuse), Vito Corrado Vella (Apeoesp-Orlândia), Sérgio Roberto Ferreira (ETEC Alcídio de Souza Prado), Rodrigo Antonio Alves (advogado), Tiago Cavasini (advogado do Sindicato Trabalhadores Rurais de Morro Agudo e presidente do PSB-Orlândia), Pedro Henrique Fregonesi Infante (Infante Cavasini Advogados), Edenilson Muniz (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morro Agudo), Israel Rocha Júnior (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Morro Agudo), Gustavo Boldrin (empresário), Rodolfo de Oliveira Ruff (professor), Ana Maria Rodrigues (educadora), Reginaldo Antonio da Silva (metalúrgico aposentado) e Álvaro Garbin (estudante).