sexta-feira, 15 de julho de 2011

Encontro Regional debate educação como promotora de desenvolvimento

Dr. Ubiali, Murilo Pinheiro e José Marcelino Rezende Pinto, no debate

Não há desenvolvimento sem educação. Esta é a conclusão a que puderam chegar os participantes do Encontro Regional de Educação, realizado na quinta-feira, 14, em Orlândia.

Promovido pela Faculdade de Orlândia – FAO – com apoio da Frente Parlamentar Mista de Defesa do Desenvolvimento Econômico e Valorização do Trabalho, o evento reuniu educadores, empresários, políticos, jornalistas e representantes de organizações civis para o debate sob o tema Educação como Vetor de Desenvolvimento Regional. 

Os debatedores foram o deputado federal Dr. Ubiali e o professor da USP e doutor em Educação, José Marcelino de Rezende Pinto – que participou no lugar do deputado Newton Lima, que não pode participar por conta de problemas médicos. O debate foi mediado pelo jornalista Murilo Pinheiro, diretor de Redação da revista “Revide”, de Ribeirão Preto. 

O diretor da FAO, Luiz Eduardo Lacerda dos Santos, acredita que a faculdade tem o dever de fomentar a discussão sobre a educação e o desenvolvimento econômico da região. “A universidade é uma entidade viva, que promove o conhecimento”, disse. 

Entre os participantes do Encontro, também estiveram a vice-prefeita de Orlândia, Flávia Gomes, a vice-prefeita de Nuporanga, Solange Machado, o ex-prefeito de Orlândia, Steven Eriksen Binnie, “Estevão”, e o professor e geógrafo Tércio Rigolin.

Uma das maiores questões foi a adoção do marco de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do País para a Educação. Ubiali acredita que a adoção de um índice de aplicação de recursos na área não garante os recursos. “Atualmente, o gasto com educação é de 4% do PIB, mas podemos chegar a 7%, conforme preconiza uma das metas do PNE”, afirmou. 

Rezende Pinto, por sua vez, defende os 10%, pelo menos numa primeira fase de um amplo programa de melhoria e valorização da educação. “Os países ricos investem, em média, 6% do PIB na educação”, comparou o professor. Segundo ele, o Brasil gasta R$ 150/mês por aluno, enquanto nos Estados Unidos o valor chega a US$ 700 (cerca de R$ 1.080). A rede privada de ensino, porém, gasta R$ 500/mês por aluno. 

Na sua opinião, “educação é salário”. “Não adianta os professores lutarem por 15% de aumento. Se não houver um aumento real de pelo menos 100%, não teremos educação de qualidade, pois não há estímulo, principalmente na base, isto é, ensino fundamental e creches”, diz Rezende Pinto. Segundo ele, para cada R$ 100 investidos em educação, o retorno é de 15% a 20%. 

O deputado explanou sobre as vinte metas propostas do Plano Nacional de Educação, em estudo na Comissão Especial de Educação da Câmara, da qual é membro titular. “Todos queremos a mesma coisa: uma escola de qualidade, que atenda a todos e faça a diferença na vida dos cidadãos”, afirmou. 

Ubiali defende a adoção de medidas que invertam a situação atual, em que a educação é pensada do ponto de vista do provedor, isto é, a escola. O resultado do debate será juntado pelo deputado às mais de 3 mil emendas ao Plano Nacional de Educação, que deve ser finalizado até setembro.

Participantes atentos ao debate durante o Encontro

Luiz Eduardo Lacerda dos Santos, Dr. Ubiali, Flávia Gomes e José Marcelino

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