O jornal A Voz, de São Joaquim da Barra, que circula na região, publicou reportagem e editorial sobre o Encontro Regional de Educação, realizado em Orlândia pela FAO e Frente Parlamentar. Além do jornal, diversos outros meios de comunicação também falaram a respeito do evento que discutiu a importância da educação como fator de desenvolvimento regional. Abaixo, a íntegra do Editorial.
Prioridade absoluta
"O Encontro Regional de Ensino é uma louvável iniciativa da Faculdade de Orlândia – FAO – que, com o apoio da Frente Parlamentar Mista de Defesa do Desenvolvimento Econômico e Valorização do Trabalho, recebeu a comunidade de Orlândia e da região para debater algo comum a todas as cidades: a necessidade de desenvolvimento econômico e social.
"A educação, hoje, sofre com um descaso crônico, que vem de muitos anos. Não se pode acreditar em melhorias quando o Estado institui algo como a “avaliação continuada”, em que o estudante simplesmente não precisa esforçar-se nas provas. Perdem aluno, escola, professor, família, o país.
"O Encontro, mais do que debater a Educação, propôs uma reflexão sobre o que o Brasil quer para seu futuro. As condições do ensino, tanto para alunos quanto para professores, estão entre as piores do mundo. Raras e bem-vindas são as exceções. Hoje, há 25 milhões de analfabetos funcionais entre pessoas com mais de quinze anos de idade.
"A escola de qualidade, no nosso país, ainda é um sonho. E São Paulo, que ainda ocupa o primeiro lugar de Estado mais rico da Nação, perde a chance de fazer a diferença no que realmente importa. E, também, nossas cidades. Afinal, onde estão as prefeituras da região, que deixaram de lado um evento importante que pode ajudar a redefinir o nosso desenvolvimento? São Joaquim da Barra tem, desde já, um débito com sua população: planejar a Educação como fator preponderante para o crescimento econômico.
"Estamos diante de um problema até então desconhecido no Brasil: em diversas áreas simplesmente não há mão-de-obra. Faltam profissionais justamente na época em que o investimento flui ao país e gera postos de trabalho. Para suprir essa carência, algumas empresas, mais conscientes de seu papel social, se transformaram em verdadeiras escolas. Hoje, o empregado é também estudante – formal ou informalmente, preparando-se para um futuro cada vez mais próximo e desafiador.
"Essas empresas descobriram que tornar a educação parte do dia-a-dia é fator preponderante para o crescimento, os resultados positivos, a satisfação dos funcionários, o bom andamento dos negócios. Estamos em uma micro-região com similaridades e diferenças entre as cidades, e entendê-las como força motriz é determinante para o futuro.
"Planejar é preciso, estudar é essencial. O brasileiro está cansado de ser “o país do futuro” e de ouvir que a Educação é importante. Precisamos de mais ações efetivas, valorizadoras e que busquem o resultado positivo em vez de apenas palavras. O futuro já chegou, e o Brasil não poder perder sua chance. Apenas a educação, encarada como prioridade absoluta não só pelo Poder Público, mas também pela sociedade, pode ajudar-nos a vencer."
(Texto publicado no jornal A Voz em 16 de julho de 2011)
