Falta de emprego e economia são preocupações em Orlândia, aponta enquete

Orlândia, vista da Anhanguera: 60% se preocupam com emprego

Orlândia vive um paradoxo: apesar dos índices de pleno emprego no país, o maior problema da cidade é justamente a falta de postos de trabalho. A economia é a grande preocupação dos moradores, a julgar pela enquete realizada pelo blog Orlândia Viva (orlandiaviva.blogspot.com).

Sessenta por cento dos participantes da enquete apontaram a criação de novos postos de trabalho como a prioridade da Administração Municipal. A saúde fica em segundo lugar na preocupação dos orlandinos, com 54%, enquanto o desenvolvimento econômico vem terceiro no ranking, com 52%.

A vice-prefeita Flávia Gomes considera que a enquete aponta para os rumos que a cidade deve tomar num futuro próximo. “As pessoas estão passando por problemas e dificuldades financeiras, e a preocupação com a falta de empregos é assustadora”, afirma.

Liderança à frente do Fórum de Desenvolvimento Econômico e Social da Alta Mogiana, ela acredita que a situação social é fruto direto das dificuldades econômicas. “Temos de fazer algo, e o Poder Público não mais se eximir de encontrar soluções além de paliativas, que ainda assim são raras”, afirma.

Flávia Gomes é defensora de um modelo de administração pública que prioriza, também, o desenvolvimento econômico como parte da construção de uma sociedade mais justa e com inserção social. Ela acredita que o Fórum deverá fazer a diferença entre a situação atual, em que se apontam dívidas sem investimentos visíveis, para uma cidade de administração transparente e focada no crescimento e desenvolvimento do ser humano.

“Não podemos deixar de lado, nunca, a assistência social, mas é dever do administrador público buscar soluções para problemas estruturais que deixam a comunidade imersa em uma miséria que não podemos, nem devemos, aceitar”, afirma a vice-prefeita.

Relacionado a esta questão, o apoio a empreendedores foi escolhido por 41% dos votantes. É um erro, inclusive, acreditar que a Prefeitura não tem condições de oferecer suporte ao empreendedor. 

O Poder Público Municipal pode direcionar e aglutinar esforços de agências para que micro e pequenos empreendedores, inclusive na informalidade, possam trabalhar. Além disso, uma legislação mais coerente com as necessidades do setor pode fazer a diferença entre manter uma empresa aberta, gerando empregos, e seu fechamento definitivo.

Educação

Outra informação importante mostrada pela enquete é a preocupação com a educação, votada por 54% dos participantes. Trata-se de um assunto a ser debatido constantemente e, principalmente, avaliado em seus resultados. 

“A educação é base do desenvolvimento humano, e sem ela ninguém pode crescer individualmente ou em sociedade”, acredita Flávia. Assim, a educação será um dos pontos de destaque do Fórum, inclusive na busca por qualificação profissional.

A infra-estrutura de Orlândia também é uma preocupação. Ruas esburacadas, canteiros tomados pelo mato e falta de manutenção fizeram com que 44% dos votos fossem para este quesito.

Para 35% dos participantes da enquete, é preciso esforçar-se mais para buscar investimentos federais e estaduais. “É absurdo que cidades da região, como Franca, Itirapuã, Ipuã, entre outras, inaugurem obras que beneficiam a população enquanto Orlândia vive dos repasses comuns a todos os municípios do Estado e da União”, considera Flávia Gomes.

Esporte

Orlândia é uma das grandes potências do futebol de salão, como a equipe da Intelli, vencedora de diversos campeonatos. Entretanto, há outras modalidades que não têm acesso a financiamentos privados, que dependem de verbas do município. 

O esporte é uma atividade educacional, recreativa e desenvolvedora que não pode ser tratada como mera diversão de amigos. Por isso, 30% dos votantes apontam o esporte como sendo uma das prioridades da Administração.