domingo, 15 de maio de 2011

Orlândia tem média salarial inferior a Morro Agudo e São Joaquim da Barra

Setor sucroalcooleiro é um dos maiores empregadores da região


É possível uma cidade ser rica e sua população pobre? Sim, é. O Brasil, há anos entre as oito maiores economias do mundo, luta para livrar-se da pecha de país pobre, apesar de um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 3,67 trilhões. 

Depois de um longo período de ajuste e aplicação de políticas desenvolvimentistas e de distribuição de recursos, todo o país comemora a ascensão de milhões de brasileiros ao mercado de consumo.

Orlândia é um exemplo claro de concentração de renda, que tem se acentuado nos últimos anos. Apesar de possuir uma renda per capita de R$ 19.681,29, o salário médio dos orlandinos vem caindo desde 2005, em comparação com São Joaquim da Barra. 

Apesar de possuírem perfis econômicos distintos (industrial e de serviços, respectivamente), a comparação é válida para mostrar como a cidade vem perdendo posições de competitividade na atração de investimentos e poder de compra.

O Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) informa que, em 2004, o salário médio dos empregados formais em Orlândia era de R$ 1.005,89, enquanto em São Joaquim da Barra a média era de R$ 918,01. No ano seguinte, 2004, os orlandinos ganhavam, em média, R$ 1.073,87 contra R$ 1.136,87 dos joaquinenses. Em 2009, a média salarial dos empregados em Orlândia era de R$ 1.344,32, enquanto em São Joaquim era de R$ 1.549,79.

Se comparado com Morro Agudo, o poder de compra dos orlandinos é ainda menor: entre 1999 e 2009, período disponível para consulta, o salário médio chegou a ser 30% inferior – R$ 890,66 em Morro Agudo a R$ 677,23 em Orlândia. 

A maior diferença foi em 2008, quando a média em Morro Agudo era de R$ 2.497,88 e, em Orlândia, R$ 1.299,73. Em 2009, o salário médio dos empregados formais era de R$ 1.519,63 em Morro Agudo e R$ 1.344,32 em Orlândia.

Apoio ao empreendedor

“Não podemos esconder o Sol com a peneira”, exorta a vice-prefeita Flávia Gomes. Preocupada com os rumos econômicos de Orlândia, ela acredita que o Poder Público poderia desenvolver ações para tentar promover maiores investimentos na cidade, inclusive com apoio aos pequenos e microempreendedores.

Engana-se quem acredita que uma Prefeitura não pode fazer nada para melhorar os investimentos e a empregabilidade em uma cidade, explica. “Há diversos mecanismos legais e políticos que foram deixados de lado, pura e simplesmente, enquanto as famílias de Orlândia assistem a seus filhos deixarem a cidade em busca de emprego”, afirma.

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